Na França da segunda metade do século XIX, uma época de progresso tecnológico e industrial, o poder explicativo das ciências naturais – já invejado por Auguste Comte nos primeiros passos de sua “física social” –, a nascente psicologia experimental – na figura de Wundt – que se dizia uma “ciência de estudo do indivíduo”, e a própria identificação entre a sociologia e a militância do pensamento marxista na construção do socialismo, fizeram com que Émile Durkheim (1858-1917) atuasse na formulação de um estatuto científico específico para a sociologia enquanto disciplina acadêmica. Algo que tornou o autor precursor de alguns marcos para o pensamento sociológico: um modelo explicativo para os acontecimentos recentes – Da Divisão do Trabalho Social de 1893 – um livro terminantemente metodológico – As Regras do Método Sociológico de 1895 – uma monografia exemplar – O Suicídio de 1897. Durkheim tornou-se, ainda, o primeiro professor da disciplina na Sorbonne em 1902, colaborando decisivamente para sua institucionalização.
A perspectiva histórica de Fustel de Coulanges, bem como a herança do Iluminismo representara pela “lei do progresso”, consideram o homem – objeto de reflexão da sociologia – como inserido num conjunto de transformações históricas conseqüentes, que devem ser desvendadas para o correto entendimento da sociedade. Esse legado marca a biografia de Durkheim, e transparece ao longo de sua obra.
O grande desafio do autor era estabelecer contornos a uma região limítrofe, ainda tênue, entre sociologia e psicologia. Ambas as disciplinas lidavam com o “homem” em sociedade, pretendendo extrair explicações sobre seu “funcionamento” em diferentes contextos e situações. O desafio que se colocava para a sociologia dizia respeito, também, as possibilidades laboratoriais já existentes no campo da psicologia, o que questionava o contribuição da nova ciência.
A perspectiva histórica de Fustel de Coulanges, bem como a herança do Iluminismo representara pela “lei do progresso”, consideram o homem – objeto de reflexão da sociologia – como inserido num conjunto de transformações históricas conseqüentes, que devem ser desvendadas para o correto entendimento da sociedade. Esse legado marca a biografia de Durkheim, e transparece ao longo de sua obra.
O grande desafio do autor era estabelecer contornos a uma região limítrofe, ainda tênue, entre sociologia e psicologia. Ambas as disciplinas lidavam com o “homem” em sociedade, pretendendo extrair explicações sobre seu “funcionamento” em diferentes contextos e situações. O desafio que se colocava para a sociologia dizia respeito, também, as possibilidades laboratoriais já existentes no campo da psicologia, o que questionava o contribuição da nova ciência.
Nos anos de 1885 e 86, Durkheim esteve na Alemanha na tentativa de recuperar alguns pontos ainda obscuros em sua formação. Lá o autor entrou em contato com as obras de Simmel, Tönnies, Dilthey, bem como tornou-se aluno de Wundt e testemunhou sua proposta de “introspecção” por meio de experiências concretas. Com certeza tais descobertas afetaram a produção do autor. Porém, o importante para nossos propósitos é perceber como a tentativa de elaborar um estatuto próprio para o pensamento sociológico, fez com que Durkheim obtivesse alguns inegáveis ganhos metodológicos para o estudo do comportamento grupal, formatando a ciência sociológica.
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